sábado, 26 de junho de 2010

A Deriva

Subimos no barco e eu não imaginava a jornada que me esperava. Remamos devagar, pra nenhum de nós cair. Com o passar do tempo pensei em me jogar na imensidão do mar e te deixar seguir só. Pulei. Quase me afoguei. Você me salvou. Com frio, molhada e fraca estava mais uma vez sentada ao seu lado, enquanto você remava só. Decidi te ajudar, eu estava do seu lado. Seus braços cansados de tanto fazer força enfraqueceram mas você insistiu em manter o barco em movimento. Não era preciso. Você podia ter parado quando cansasse. Porque você insistiu? Continuamos deslizando pelas águas, nós dois fazíamos força. De repente, estavamos afundando. Com medo e perplexa, comecei a nadar sem olhar pra trás, para o barco e para você. Não sei o que aconteceu naquele momento, só sei que não subo mais no seu barco, sei que se nós dois estivermos nele ele vai afundar, você também sabe.

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